Expectativa de atraso na proposta de orçamento da Câmara

Os membros do Comitê do Orçamento da Câmara se reuniram nessa semana para discutir a proposta da Casa para o orçamento federal. Teoricamente, Câmara e Senado devem apresentar suas propostas seis semanas após a divulgação do orçamento do presidente, que ocorreu no último dia 16. Em 2011, a versão do Senado só foi lançada em julho e o orçamento não foi aprovado no prazo, tendo sido necessária a aprovação de duas resoluções contínuas para manter o governo funcionando. Nos EUA, o ano fiscal termina em 30 de setembro. Em uma situação ideal, o Congresso chegaria a um acordo sobre o orçamento antes da data e enviaria ao presidente para sanção. Apesar de Paul Ryan (R-WI), presidente do Comitê, ter afirmado que pretende aprovar uma proposta até o fim do mês, as reuniões têm mostrado que os republicanos estão divididos sobre o limite de gastos e que há risco de paralisação do governo em setembro. De acordo com o Budget Control Act (BCA), o orçamento desse ano deve ser de US$ 1,047 trilhão, mas os conservadores republicanos querem diminuir os gastos para US$ 936 bilhões. Nove membros do Comitê votaram contra o BCA e querem a redução de gastos. Segundo o representante e presidente do Republican Study Committee, Jim Jordan (OH), a proposta do partido deve contrastar com a versão do presidente. Além disso, a líder da minoria da Câmara, Nancy Pelosi (D-CA), disse que discorda do orçamento proposto por Ryan, devido às mudanças no Medicare, e que os democratas devem apresentar sua versão em breve. Já no Senado, o presidente do Comitê do Orçamento, Daniel Inoyue (D-HI) indicou que pretende manter os gastos dentro do estabelecido no BCA.

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