Agência de proteção ao consumidor é criticada novamente

O Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), agência responsável pela proteção aos consumidores de produtos financeiros, teve suas atividades criticadas mais uma vez. No dia 16, a agência divulgou que investigará empresas que fazem consolidação de dívidas e agências de divulgação de crédito de consumidores. O CFPB foi criado em 2010 pelo Ato Dodd-Frank de Reforma do Sistema Financeiro e, graças a obstruções dos republicanos e de empresas de Wall Street, só começou a funcionar plenamente em janeiro desse ano. Na ocasião, Obama aproveitou o recesso dos congressistas para nomear Richard Cordray como diretor da agência, o que os republicanos haviam evitado durante todo o ano anterior. A nomeação do cargo de diretor era necessária para que o CFPB pudesse atuar sobre instituições não bancárias. O anúncio do dia 16 gerou mais críticas sobre o papel da agência. Mark Calabria, diretor de estudos de regulamentação financeira no Cato Institute, afirmou que está preocupado com a chance de politização da regulamentação financeira em decorrência da ação do Bureau. Calabria também demonstrou ceticismo quanto aos resultados das investigações sobre estas empresas, que não possuem experiência em receber auditorias ou documentar suas atividades da mesma maneira que os grandes bancos. Já Chris Willis, sócio do departamento de litígios da Ballard Spahr, afirmou que o anúncio demonstra que as intenções da agência são mais expansionistas do que o esperado. O CFPB já havia declarado a intenção de investigar as firmas em junho de 2011, devido à sua importância no mercado financeiro não bancário.

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