O pedido de orçamento enviado ao Congresso pelo presidente Obama, no dia 13, priorizou fontes de energia limpa e cortes nos incentivos a gás e petróleo. A proposta também destaca o uso de verbas em programas para aumento de eficiência energética. Caso o orçamento seja aprovado, os gastos do Departamento de Energia com fontes renováveis crescerão quase 30% em relação ao ano corrente. O secretário de Energia, Steven Chu, salientou oportunidades para o desenvolvimento de tecnologias limpas no futuro como forma de gerar mais empregos no país, e não em competidores estrangeiros. Outra maneira encontrada pelo Executivo para apoiar o setor verde é estimular o uso de recursos renováveis pelo Departamento de Defesa. O estímulo contribuiria para reduzir a alta dependência de combustíveis fósseis na área militar, principalmente de petróleo externo, aumentando indiretamente a segurança nacional do país. A administração acredita que relacionar energia renovável e segurança ajude a diminuir a resistência de congressistas às políticas energéticas do governo. A proposta orçamentária justifica o plano de eliminar isenções fiscais para a indústria de gás e petróleo com base na ideia de que os atuais benefícios não alteram o nível de produção nacional, nem reduzem os preços para o consumidor. Cerca de US$ 46 bilhões economizados com o fim dos incentivos permitiria custear programas de energia limpa. Ainda é necessária a aprovação do pedido no Congresso até o final de setembro, mas a proposta de Obama já aparece como um sinal de suas plataformas sobre energia na campanha para reeleição.