A Casa Branca apresentará sua proposta de orçamento no dia 13 de fevereiro. De acordo com funcionários da administração, o atraso foi necessário para a finalização de decisões e detalhes técnicos do documento. A lei estipula que uma proposta de orçamento deve ser apresentada pelo presidente na primeira segunda-feira de fevereiro, mas adiamentos são comuns. Após o anúncio, os republicanos criticaram Obama. O senador Rob Portman (R-OH), ex-diretor do Escritório de Administração e Orçamento, afirmou que o atraso demonstra a falta de uma política fiscal da administração. Obama apresentou as prioridades de sua administração no discurso do Estado da União, no último dia 24, e terá maior cobertura da mídia nas quase três semanas até a divulgação do orçamento. O presidente tentará utilizar essa projeção para mobilizar a população pela aprovação de suas demandas. A administração deve apresentar cortes de US$ 1,2 trilhão, o mesmo valor dos cortes automáticos previstos pela lei de aumento do limite da dívida. No entanto, tais pretensões estão sujeitas às disputas entre o Congresso e a Casa Branca, e é improvável que se consiga um acordo antes das eleições em novembro. Na semana passada, os republicanos da Câmara votaram uma desaprovação simbólica do aumento do limite da dívida. No dia 23, os congressistas voltaram aos trabalhos e uma das pendências mais urgentes diz respeito à extensão da isenção do imposto sobre os salários. Democratas e republicanos continuam divididos sobre o assunto. O representante Kevin McCarthy (R-CA) afirmou que o porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), não pretende gastar capital político com a questão.