O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Martin Dempsey, esteve em Israel no dia 19, onde se reuniu com seu contraparte, o tenente-general Benny Gantz, o presidente Shimon Peres e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O conteúdo das discussões não foi divulgado, mas há especulações de que o tema central tenha sido o programa nuclear iraniano. Embora os dois aliados percebam o desenvolvimento nuclear do Irã como uma ameaça, existem divergências em relação a sua iminência. Temendo que o Irã possa fabricar um artefato nuclear, Israel tem adotado um tom mais belicoso. Já os EUA têm preferido pressionar o país por meio de sanções econômicas. Recentemente, funcionários da administração Obama expressaram preocupação quanto à possibilidade de uma ação unilateral israelense contra o Irã, que poderia desestabilizar a região, e colocar em perigo instalações e forças dos EUA.  Assim, a visita de Dempsey foi interpretada pela mídia israelense como um esforço para convencer os líderes do país a esperar que as sanções internacionais contra o Irã surtam efeito. O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, negou que o intuito de Dempsey tenha sido pressionar o país e afirmou que qualquer decisão sobre uma ação militar estaria distante. Segundo Barak, questões dessa natureza são discutidas em conversas regulares com o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta. O Irã acusa EUA e Israel de tentar interromper seu programa nuclear por meio de sabotagens, como a introdução de vírus em seus computadores e os assassinatos de seus cientistas. Washington nega as acusações.