O porta-voz na Câmara, John Boehner (R-OH), divulgou uma nova proposta para a extensão das isenções do imposto sobre os salários na sexta-feira, 9. A legislação, que também contém a extensão e reforma dos benefícios aos desempregados e o ajuste do reembolso do Medicare, deve ser votada na terça-feira. A proposta de Boehner possuiu características que atendem as demandas republicanas na Câmara, mas deve ser amplamente rejeitada pelos democratas no Senado. Entre eles, está a construção do oleoduto Keystone XL. Ainda, a legislação inclui a diminuição de benefícios aos desempregados, mudanças em regras ambientais, redução do financiamento da reforma de saúde e limitações de acesso ao Medicare por de indivíduos ricos. Na quinta-feira, o Senado rejeitou duas iniciativas para estender as isenções de impostos. A primeira, introduzida pelo líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NV), reduziria o imposto para 3,1%. A segunda, do líder da minoria, Mitch McConnell (R-KY), estenderia a redução atual em 4,2%, mas também foi derrotada. Se nenhuma medida for tomada, a taxa voltará a seu valor normal de 6,2% a partir de janeiro. A lei democrata cobria os custos da isenção através do imposto aos milionários, enquanto a republicana reduziria o número de trabalhadores federais. O plano de Boehner não deve ser aprovado, mas pode ser uma base para negociações com democratas. Para os republicanos, que anteriormente não aceitavam a extensão das isenções, a proposta de Boehner apresenta novas possibilidades de negociação. Para os democratas, a extensão é uma prioridade na agenda.