Merrill Lynch faz acordo com investidores lesados na crise

O Merrill Lynch concordou em pagar US$ 315 milhões para resolver acusações de fraudes contra investidores. O acordo está sendo estabelecido com investidores que afirmam terem sido enganados na compra de títulos hipotecários nos anos de 2006 e 2007. A ação foi liderada pelo fundo de pensão Public Employees’ Retirement System of Mississipi, que alega que os papéis vendidos na época estavam ancorados em uma carteira de títulos hipotecários de bancos que realizavam empréstimos subprime de alto risco. Dentre os bancos está o IndyMac Bancorp, que faliu no ano de 2008. A busca por um acordo integra a tentativa de solução das pendências jurídicas herdadas da crise financeira pelo Bank of America, que comprou o Merrill Lynch em 2009. Em 2011, o banco gastou US$ 12,7 bilhões com conciliações semelhantes. Apesar de ter sido divulgado pela Corte Distrital de Manhattan no dia 5, o acordo ainda precisa ser aprovado pelo juiz Jed Rakoff, o que deve complicar a situação. A negociação não envolve admissão de culpa por parte do Bank of America e Rakoff tem histórico de negar ações nestes termos. Em 2009, o juiz rejeitou um acordo de US$ 33 milhões entre o próprio Bank of America e a Securities and Exchange Comission (SEC). Na ocasião, o magistrado alegou que a proposta era uma violação à justiça e à moralidade. O ato se repetiu na semana passada, quando Rakoff derrubou uma conciliação de US$ 285 milhões entre o Citigroup e a SEC. Por sua vez, os advogados dos investidores alegam que o acordo deve ser mantido, pois é fruto de mais de três anos de negociações judiciais entre as partes envolvidas.

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