Debate sobre oleoduto Keystone XL é levado ao Congresso
O senador Richard Lugar (R-IN) propôs uma lei, no dia 30, que obriga o governo a autorizar o oleoduto Keystone XL em até 60 dias ou a declarar que o projeto não atende aos interesses nacionais. O projeto expande uma rede de oleodutos entre Canada e EUA, passando a levar petróleo não-convencional às refinarias no Texas. A proposta vem em resposta ao anúncio do Departamento de Estado, no começo de novembro, de que a decisão final seria postergada por ao menos um ano. O Departamento, que é responsável por autorizar projetos transnacionais, justifica o atraso pela necessidade de novos estudos ambientais, já que o trajeto original sofreu mudança recente para evitar região próxima ao importante aquífero Ogallala no estado de Nebraska. O presidente Barack Obama é acusado de atrasar a decisão como manobra política para as eleições presidenciais do ano que vem. A aprovação agradaria às refinarias no Golfo do México e a alguns sindicatos de construção civil. Já a sua desaprovação atenderia aos grupos ambientalistas, que apoiam a campanha de Obama. Segundo a empresa canadense responsável pelo projeto, vinte mil empregos seriam gerados nos EUA. Além disso, Lugar defende que o petróleo canadense é importante para a segurança nacional, já que reduziria a dependência do fornecimento do Oriente Médio. A proposta de lei trará para o Congresso o debate e as pressões políticas sobre o oleoduto. Muitos republicanos apoiam Lugar, mas como o Senado tem maioria democrata, é improvável que ela seja aprovada. Devido à agenda política lotada, não é certo se a lei será discutida ainda nesse fim de ano.