Dificuldades levam republicanos a considerar aumento de impostos
A estagnação das negociações do Comitê Conjunto para Redução do Déficit tem feito com que membros do partido republicano reconsiderem suas promessas de não aumentar impostos. O senador Patrick Toomey (R-PA) e o representante Jeb Hensarling (R-TX), membros do supercomitê, têm buscado convencer seus colegas republicanos a aceitar um plano de redução do déficit que inclua a geração de US$ 300 bilhões em novas receitas nos próximos 10 anos. Para atingir o valor, o plano defende a revisão do código fiscal, com eliminações de deduções e isenções. A defesa de novas receitas pelos dois republicanos pode causar uma crise de identidade no partido, que desde o início das negociações tem negado qualquer possibilidade de aumento de impostos. Na quarta-feira, 16, um grupo de 70 representantes republicanos enviou abaixo assinado ao supercomitê defendendo que qualquer aumento nos impostos seria uma irresponsabilidade. Além de irritar membros do Congresso, o plano de Toomey e Hensarling também foi criticado pela iniciativa “Americanos pela Reforma Fiscal” (ATR, na sigla em inglês), lançada pelo ativista Grover Norquist. Ao se juntarem a iniciativa, diversos congressistas fizeram a promessa de não aumentar impostos na negociação do déficit. Para John Kartch, porta-voz da ATR, o plano pode ser considerado uma violação da promessa. Alguns membros do Congresso que haviam assinado a promessa, no entanto, se dizem livres de obrigações. Para os representantes Charles Bass (R-NH) e Steven LaTourette (R-OH), as circunstâncias mudaram e novas abordagens devem ser consideradas.