O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, posicionou-se publicamente acerca da crise europeia, pressionando o Congresso dos EUA a aprovar medidas de estímulo. As declarações foram realizadas em um encontro de CEOs conduzido pelo The Wall Street Journal. Para Geithner, os problemas fiscais da Europa comprovariam ao Congresso dos EUA a necessidade de legislações que estimulem a economia. A declaração é uma referência, sobretudo, à aprovação do Ato de Empregos da América. Segundo Geithner, há grande possibilidade de expansão da crise, com potencial risco para os EUA. Desta forma, o secretário afirmou que o Congresso deve tomar medidas “sensíveis, substanciais e poderosas” para fortalecer o crescimento. Afirmando acompanhar de perto os acontecimentos na Europa, Geithner se mostrou disposto a auxiliar o continente no que for preciso para se recuperar da crise. Ainda, declarou que existem muitos meios pelos quais o Banco Central Europeu poderia agir, mas não deu nenhum detalhe sobre quais seriam as alternativas. Outros membros do seminário demonstraram opinião distinta. Fred Crawford, CEO da firma de consultoria AlixPartners, declarou crer que uma rápida retomada do crescimento é impossível. Segundo Crawford, as medidas adotadas para contenção da crise restringem a demanda que deveria ser estimulada. Já Zhu Min, vice-diretor do Fundo Monetário Internacional, declarou que a crise europeia pode ser superada caso Itália, Grécia e outros países europeus endividados consigam equilibrar seus balanços de pagamentos sem afetar demasiadamente o crescimento.