EUA fazem acordo para uso de bases militares australianas

O presidente Obama celebrou, no dia 16, um acordo com a primeira-ministra australiana, Julia Gillard, para expandir a presença militar dos EUA no país. O acordo não prevê a construção de bases dos EUA na Austrália, mas o uso das instalações militares do país para exercícios conjuntos. Em 2012, uma base próxima à cidade de Darwin, no norte do país, receberá 250 fuzileiros navais. O contingente deve alcançar 2.500 tropas em 2016. Além de fuzileiros, as bases também receberão forças aéreas e navais. A presença militar na Austrália é um dos elementos da nova estratégia de segurança dos EUA, cujo foco atual é o leste asiático. Segundo Obama, o acordo militar e a sua visita ao sudeste asiático servem ao propósito de reafirmar o compromisso dos EUA com a região. Embora tenha negado que a iniciativa seja voltada para conter a China, é consenso entre analistas que essa seria uma preocupação central da nova estratégia. O uso das bases australianas permite que os EUA tenham uma presença militar próxima ao sudeste asiático, mas fora do alcance de eventuais ataques chineses, especificamente de mísseis balísticos. Para Gillard, a China não deve se surpreender com a aliança entre EUA e a Austrália, pois ela já existe há 60 anos. A Austrália é uma aliada histórica, tendo participado de diversos conflitos ao lado dos EUA. Mais recentemente, o país da Oceania se envolveu nos conflitos no Iraque e Afeganistão. Em resposta ao anúncio de Obama, o porta-voz no Ministério das Relações Exteriores da China, Liu Weimin, disse que a expansão de alianças militares pode desestabilizar a região.
Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais