Ocupação de Wall Street continua e repercussão aumenta

Prestes a completar um mês em 17 de outubro, a ocupação de Wall Street persiste e vê sua repercussão aumentar. O movimento, considerado o “Tea Party da esquerda liberal”, recebeu ataques de seu homólogo de direita. Sal Russo, estrategista chefe do Tea Party Express, considerou cômica a tentativa de comparação dos dois movimentos, defendendo que eles são totalmente opostos. A ocupação tem sido alvo de membros do movimento conservador, que buscam fatos que possam ser divulgados online como forma de deslegitimar os protestos. Foi assim que trechos de discursos mais extremistas, como um que faz apologia a métodos revolucionários violentos, vieram à tona, bem como fotos constrangedoras de alguns dos manifestantes. Todavia, os registros têm conseguido pouca repercussão, sobretudo na mídia, o que vem irritando alguns membros do Tea Party. A raiva dos ativistas conservadores pode ser explicada pela aceitação que a ocupação de Wall Street vem recebendo. De acordo pesquisa realizada pela revista Time entre 9 e 10 de outubro, 54% da população dos EUA aprovam o movimento, enquanto apenas 27% endossam o Tea Party. Além do apoio de intelectuais ligados à esquerda, como o filósofo Slavoj Zizek, a socióloga Naomi Klein e o escritor Eduardo Galeano, o movimento também recebeu o apoio do ex-presidente Bill Clinton. Em entrevista, Clinton ressaltou o aspecto positivo do movimento em trazer novas energias ao debate político, mas defendeu que isto precisa se converter em sugestões específicas, como apoio à lei de empregos de Obama.

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