Embaixada dos EUA em Cabul é atacada

Seis militantes iniciaram um cerco contra a embaixada dos EUA e os quartéis da OTAN em Cabul no dia 13. O combate continuou até o dia seguinte, quando o grupo foi desalojado de um prédio próximo à zona do complexo de segurança. Segundo o comandante da OTAN, general John Allen, onze crianças e cinco soldados afegãos foram mortos; outras fontes chegam a citar 27 mortos. O Talibã assumiu a responsabilidade pelo episódio, mas os EUA acreditam que os ataques foram cometidos pela rede Haqqani. O grupo, que é aliado do Talibã e da Al Qaeda, tem sua base principal no Paquistão. Autoridades paquistanesas vêm sendo criticadas pelos EUA por não combater o grupo, com o qual agentes de segurança do Paquistão teriam relações próximas. Segundo autoridades dos EUA, os ataques da Haqqani são especializados e visam alvos importantes, como embaixadas estrangeiras. Em 2008, o grupo teria atacado a embaixada da Índia em Cabul, deixando um saldo de mais de 50 mortos. Para James Carafano, analista do think tank conservador Heritage Foundation, a redução do efetivo militar promovida pelo presidente Obama, a partir de julho deste ano, permite atentados com forte impacto simbólico. Outros analistas veem o ataque, que causou poucos danos materiais, como uma demonstração de força dos insurgentes e um desafio à transição da segurança para o governo afegão. Já o embaixador dos EUA no Afeganistão, Ryan Crocker, afirmou que a pequena proporção do evento demonstra a fraqueza dos terroristas. Crocker acredita que o processo de transferência da segurança e a retirada das tropas dos EUA não está ameaçado.

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