EUA e oposição líbia cooperam pela não proliferação de armas

Os EUA e a OTAN têm se reunido com o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, nas últimas semanas, para evitar a proliferação de armas do antigo regime. Em 2003, Muammar al-Gaddafi concordou em desmantelar seu arsenal de armas de destruição em massa como parte do esforço de reaproximação com países ocidentais. No entanto, documentos de 2009, vazados pelo Wikileaks, sugerem que o ex-líder teria atrasado o desarmamento para extrair mais concessões dos EUA. De acordo com a Organização para Proibição de Armas Químicas, que trabalha em parceria com a ONU, o estoque de gás venenoso no país às vésperas do conflito era de 11,25 toneladas. Alguns militares e oposicionistas temem que as forças leais a Gaddafi usem gás mostarda, mísseis balísticos e antiaéreos, e minas terrestres contra os opositores e a população. No Congresso, Mike Rogers (R-MI), presidente do Comitê de Inteligência na Câmara, chegou a sugerir que os EUA se apropriem dos armamentos para evitar que eles caiam nas mãos de terroristas. Essa preocupação também aflige membros da administração Obama. O conselheiro de contraterrorismo da Casa Branca, John Brennan disse, na quinta-feira, que a Al Qaeda no norte da África vê a Líbia como um “bazar de armas”. Para o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Tommy Vietor, o governo dos EUA sempre esteve ciente do problema, razão pela qual as armas foram monitoradas por meio de satélites e aviões não tripulados desde o início da guerra civil em 2011.
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