Terremoto reaquece debate sobre segurança nuclear
O terremoto que atingiu a região leste dos EUA na terça-feira, dia 23, reaqueceu o debate sobre a segurança das usinas nucleares nos EUA. O abalo de 5,8 pontos na escala Richter foi responsável pelo desligamento de dois reatores nucleares da usina North Anna, na Virginia. Durante o tremor, a usina ficou sem energia e o seu processo de resfriamento ocorreu por meio de geradores a diesel. A Dominion, empresa que opera a usina, divulgou que os sistemas de resfriamento funcionaram corretamente e não houve superaquecimento dos reatores, o que poderia causar um desastre. No entanto, esse foi o único caso de maior risco. A Comissão Reguladora Nuclear (NRC, na sigla em inglês) alegou não ter encontrado grandes danos em outras usinas nucleares inspecionadas na costa leste, apesar de algumas terem disparado o chamado alerta de evento atípico. Mesmo diante da afirmação da NRC, grupos contrários à energia nuclear declaram que a iminência de risco nas usinas demonstra como os reatores nucleares dos EUA são vulneráveis a desastres naturais. Os grupos também reivindicam que a NRC aja rapidamente na implementação das mudanças regulatórias discutidas pela comissão no mês passado. Após o acidente de Fukushima, o presidente Obama criou uma força tarefa para verificar a segurança das usinas nucleares dos EUA. O resultado do relatório apresentou falhas nas usinas do país e recomendações para que a NRC melhorasse as atuais normas de segurança das usinas nucleares. O porta-voz do Instituto de Energia Nuclear, Steve Kerekes, declarou que existe muito alarde, e o fato de as usinas do país terem resistido ao terremoto de terça é evidência de que suas estruturas de segurança são boas.