Republicanos e democratas entraram em forte discordância sobre o orçamento em Minnesota no fim de junho, paralisando o governo do estado. A discussão a respeito do déficit, estimado em US$ 5 bilhões, provocou polarização entre os partidos. Republicanos, que detém o controle das câmaras legislativas, pedem pela redução dos gastos do governo. O governador democrata, Mark Dayton, defende um aumento de impostos para a parcela mais rica da população, a fim de evitar cortes em serviços para os cidadãos mais pobres. O impasse estendeu-se por meses até o início do ano fiscal, em 1o. de julho, e causou a paralisação do estado, que já dura 13 dias. O fechamento do governo acarretou prejuízos diversos, como a demissão de mais de 22.000 trabalhadores e a interrupção de obras de infraestrutura, serviços de creches, monitoramento de trânsito, entre outros. O governo estadual teve de optar por priorizar serviços fundamentais, como escolas, tribunais e segurança de presídios. A situação dramática, no entanto, ainda não aproximou republicanos e democratas na busca por uma solução. O crescente envolvimento de grupos de moradores, por sua vez, contribui para amenizar os problemas e, ironicamente, diminuir as pressões para uma solução rápida. A paralisação do estado tem servido de exemplo ao público do que poderia acontecer em esfera nacional. Em abril, uma paralisação federal foi evitada na última hora por um acordo entre os partidos sobre o orçamento de 2011. A atual discussão sobre o limite da dívida pública também pode levar à suspensão de serviços públicos se não for equacionada a tempo.