Congresso dividido sobre operação na Líbia
A Câmara dos EUA rejeitou, no dia 24, duas propostas sobre a participação dos EUA na operação militar na Líbia. A primeira, de Alcee Hastings (D-FL), autorizava o uso limitado das forças armadas por um ano, proibindo o envio de tropas terrestres. A proposta recebeu 295 votos contra e 123 a favor, com 70 democratas votando pela sua desaprovação e apenas 8 republicanos pela aprovação. A segunda medida, introduzida por Thomas Rooney (R-FL), cortava verbas para operações militares que não fossem de suporte operacional, exigindo o fim das atividades de combate aéreo. O projeto, apoiado pelo porta-voz da Câmara John Boehner (R-OH), foi derrotado por 238 votos contra, dos quais 89 republicanos, e 180 a favor, incluindo 36 democratas. Já o importante Comitê de Relações Externas do Senado aprovou, no dia 28, a proposta dos senadores John McCain (R-AZ) e John Kerry (D-MA), que estende a participação dos EUA no conflito por mais um ano sem o uso de tropas terrestres, além de permitir verbas para operações de ataque aéreo. A decisão foi tomada após o conselheiro jurídico da Casa Branca, Harold Koh, defender a intervenção em audiência na Casa. O comitê, no entanto, aceitou emenda do senador Richard Lugar (R-IN), que considera a intervenção um ato de hostilidade e, portanto, enquadrável no Ato de Poderes de Guerra de 1973. O enquadramento implica que o governo comunique ao Congresso sobre o andamento das operações e solicite autorizações com mais frequência. O líder da maioria no Senado, Harry Reid (D-NE), deve encaminhar a resolução para votação depois do recesso do feriado de 4 de julho.