Casa Branca tenta burlar exigências para ação militar

A Casa Branca enviou um relatório ao Congresso, no dia 15, defendendo a legalidade da intervenção na Líbia. Segundo o documento, o fato de a operação ser comandada pela OTAN e de não envolver tropas terrestres não a classsifica como um ato hostil de guerra, eximindo-a das exigências da Resolução dos Poderes de Guerra de 1973. Essa resolução determina que o presidente solicite previamente ao Congresso permissão para intervir militarmente em outros países, o que não teria acontecido no caso da Líbia. Na falta da autorização, o país deve deixar o conflito em até 60 dias após o pedido ou a data para submetê-lo, podendo o prazo ser estendido por mais 30 dias mediante justificativa do presidente. O relatório foi elaborado para responder a questionamentos dos congressistas antes de a intervenção completar 90 dias no último domingo. Horas antes, Dennis Kucinich (D-OH) e outros nove representantes moveram uma ação judicial em corte federal no Distrito de Columbia contra o presidente Obama e o secretário de Defesa Robert Gates para impedir o uso de verbas no conflito. Em carta endereçada a Obama no dia anterior, o porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), alertou-o de que a operação seria considerada ilegal caso o Congresso não formalizasse uma autorização até o dia 20, quando findava o prazo máximo. Congressistas consideraram o relatório insatisfatório, embora a única forma de limitar a ação do governo seja pela suspensão do uso de verbas federais na operação.

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