Lei Dodd-Frank é criticada por bancos de médio porte
Bancos comunitários e de médio porte têm exercido forte pressão sobre o governo devido às restrições impostas pela lei Dodd-Frank de reforma de Wall Street. A crise de 2008 foi largamente creditada à desregulamentação do sistema financeiro e às ações irresponsáveis adotadas por grandes bancos. A administração Obama agiu no sentido de regulamentar o sistema e, em 2010, foi aprovado no Congresso o Ato Dodd-Frank de Reforma de Wall Street e Proteção ao Consumidor (H.R. 4173). Para limitar o crescimento excessivo, e consequente risco sistêmico de empresas e bancos, o governo dos EUA criou medidas restritivas severas às companhias com ativos acima de US$ 50 bilhões. Todavia, entram nessa categoria bancos com ativos pouco superiores ao valor estipulado, como Comerica Inc. (US$ 55 bilhões) ou Zions Bancorp (US$ 51 bilhões). Comparados aos bancos realmente grandes, como J.P. Morgan ou Citibank, tais bancos de médio porte não oferecem o mesmo risco. Assim, eles temem que as medidas restritivas do Dodd-Frank possam prejudicá-los e acabar levando-os à falência. Por outro lado, os bancos não querem reduzir seus ativos para sair da categoria. Essas empresas vêm fazendo um forte lobby, contando com encontros com altos representantes do Fed e apelos ao Congresso. O Independent Community Bankers of America gastou, sozinho, US$ 1,2 milhão para pressionar o governo. Por outro lado, Neal Wolin, secretário-adjunto do Tesouro, afirmou que as agências financeiras do governo estão trabalhando para que as regulamentações protejam o sistema sem atingir os bancos médios e que as críticas atuais não passam de ansiedade do setor.