A administração Obama apresentou na segunda-feira, 16, sua Estratégia Internacional para o Ciberespaço, propondo a criação de padrões globais de segurança informática. Baseando-se no princípio de engajamento global, constantemente referido por Obama em seus pronunciamentos, o plano busca desenvolver normas de comportamento estatal responsável e promover internet e redes de computadores seguras e abertas. Para o procurador-geral Eric Holder, esta é uma estratégia histórica que marca o início de uma era de engajamento e vigilância global, pois no século 21 a questão da segurança ultrapassa fronteiras. Em declaração não oficial ao New York Times, autoridades disseram que a iniciativa visa pressionar a Rússia e a China a aumentarem a liberdade na internet, minimizando o roubo de propriedade intelectual e aumentando a privacidade dos usuários. Segundo Gary Locke, secretário de Comércio e nomeado por Obama como o próximo embaixador dos EUA na China, o esforço para construir confiança no ciberespaço deve ser estendido ao mundo inteiro. Lançada como a primeira tentativa governamental de estabelecer bases para o espaço virtual, incluindo metas de defesa, diplomacia e desenvolvimento internacional, a estratégia prevê a criação de penalidades para delitos virtuais e equipara ataques hackers a qualquer outro tipo de ataque ao país. Para especialistas em cibersegurança, o documento é uma sinalização da intenção dos EUA em colaborar com outros países, e não de dominar, na questão da segurança digital.