Casa Branca analisa perdoar dívida do Egito
Em entrevista ao Washington Post, um oficial dos EUA afirmou que a Casa Branca decidiu perdoar US$ 1 bilhão da dívida do Egito. A medida seria parte de um pacote com incentivos de investimento e comércio, e atenderia à demanda dos ministros das Finanças e do Planejamento do Egito, que viajaram a Washington no último mês para pedir o perdão da dívida de US$ 3,6 bilhões. O Egito gasta cerca de US$ 350 milhões anuais com débitos de compras de produtos agrícolas dos EUA. Robert Hormats, subsecretário de Estado para assuntos econômicos, foi ao Egito para discutir questões práticas do problema: perdão total da dívida, garantia de empréstimos ou conversão da dívida em programas de auxílio. Parte das medidas, no entanto, precisa ser aprovada pelo Congresso, mas os congressistas estão inseguros sobre manter o auxílio a países afetados pelas revoluções árabes. Os senadores Joe Lieberman (I-CT), John Kerry (D-MA) e John McCain (R-AZ) desenvolveram um projeto de lei para a criação de um fundo de empreendimento econômico para as novas democracias, embora a proposta não tenha sido apreciada por nenhum comitê. Já para a representante Dana Rohrabacher (R-CA), o déficit dos EUA impede a continuação desse tipo de auxílio. Outros congressistas preferem atrasar a ação até que haja uma definição sobre quem assumirá o poder nos países em transição. Desde o início das manifestações, a administração Obama forneceu ao Egito US$ 150 milhões para desenvolvimento econômico e democrático, iniciativa defendida pela secretária de Estado Hillary Clinton e prevista em fundos reservados ao Egito.