Acordo de última hora evita paralisação

Um acordo firmado entre as lideranças da Câmara, do Senado e da Casa Branca, às 22:30 da última sexta-feira, impediu a paralisação do governo dos EUA. O prazo da última autorização orçamentária expiraria a meia-noite do dia 8, mas o “desligamento” do governo foi evitado com um compromisso que cortará US$ 38 bilhões dos atuais níveis de gasto. Essa é a maior redução em um único ano na história do país e aloca fundos até o final do ano fiscal em setembro. O impasse foi vencido com concessões dos dois lados. Republicanos deixaram de lado iniciativas polêmicas, como cortes de fundos para programas de planejamento familiar, para a nova lei da saúde e para a Agência de Proteção Ambiental. Democratas também abriram mão de mais do que gostariam: inicialmente queriam um congelamento dos gastos em níveis atuais, depois concordaram com US$ 30 bilhões em cortes, e na última hora cederam no valor final para fechar o acordo. Pelo adiantado da hora, Câmara e Senado apenas aprovaram uma resolução temporária que autoriza gastos até o dia 15. É esperado que o projeto completo seja votado na quarta-feira. Assim como na votação da última resolução contínua, a ala mais conservadora do partido republicano se manifestará contra o acordo pedindo mais cortes, como já declararam Mike Pence (R-IN) e Jim Jordan (R-OH). Apesar disso, John Boehner (R-OH) e Harry Reid (D-NV), líderes na Câmara e no Senado, devem ter votos suficientes para aprovação. Os partidos agora se preparam para novas disputas: o aumento do limite de endividamento do governo federal e o orçamento de 2012.

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