Barganha coletiva perde força em Ohio e outros estados

Após aprovação de lei que reduz o poder de barganha coletiva no estado de Wisconsin, uma lei do mesmo gênero foi aprovada em Ohio no dia 30 de março. O Senado estadual, de maioria republicana, aprovou a medida por 17 votos a favor e 16 contra. Horas antes, a Câmara do estado passara a mesma resolução por 53 votos a 44, sendo 5 republicanos e 39 democratas contrários. A lei barra a possibilidade de greve para trabalhadores públicos e proíbe arbitragens mandatórias para policiais e bombeiros. A nova legislação permite negociações salariais, mas não sobre assistência médica e pensões. Além disso, o envolvimento de sindicatos nas negociações estará sujeito à aceitação pelos empregadores. Críticas partem dos democratas, de sindicatos e de trabalhadores que ainda protestam sobre a aprovação da lei. Em Wisconsin, a Juiza Maryann Sumi de Madison decidiu que a lei de mesmo teor não deveria ser aplicada sem que antes fossem ouvidas testemunhas para avaliar a maneira pela qual ocorreram as votações. Por engano ou por governador e Congresso terem ignorado a decisão da juíza, a lei foi publicada dia 18. Este fato também deverá ser somado aos testemunhos que serão ouvidos ainda esta semana. Em Indiana, os democratas dizem que seu boicote de sair do estado para protestar e evitar a aprovação de proposta semelhante surtiu efeito, enquanto republicanos afirmam que as alterações foram mínimas na lei que ainda deve ser votada. No total, doze estados são palcos de discussão sobre a redução da barganha coletiva, que, segundo críticos, corre risco de se tornar “imploração coletiva”.

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