Gastos da intervenção na Líbia preocupam Congresso
Enquanto o Congresso reduz cerca de US$ 285 milhões por dia em gastos federais, cresce
a preocupação com os custos da intervenção na Líbia. Richard Lugar (R-IN), presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, afirmou que o legislativo deveria opinar sobre a custosa ação. Dennis Kucinich (D-OH), principal crítico da intervenção, estimou gastos iniciais de US$ 500 milhões, sendo 30% desse montante para repor o lançamento de 162 mísseis Tomahawk. A maior despesa decorre do uso de aviões F-15, F-16 e B-2, em função de gastos com combustível, manutenção e armamentos. O Comitê de Apropriação de Recursos da Câmara pediu uma estimativa do dispêndio, mas o Pentágono limitou-se a dizer que os fundos utilizados até o momento já tinham sido aprovados em resolução contínua. Benjamin Rhodes, vice-assessor de segurança nacional, afirmou que dividir as despesas com os aliados é uma das razões para a criação de uma coalizão ampla. Rhodes também disse que os custos tendem a diminuir após a fase inicial. O Pentágono dispõe de um fundo contingencial, além de poder adiantar verbas destinadas aos trimestres seguintes. Para Gordon Adams, supervisor de gastos de defesa no governo Clinton – quando os EUA mantinham uma zona de exclusão aérea no Iraque – é provável que o departamento de Defesa aproveite a oportunidade para pedir fundos adicionais ao Congresso. Para Adams, o conflito líbio pode custar US$ 1,5 bilhões caso perdure por um ano. O pedido por verbas pode ser problemático diante do debate atual sobre a redução orçamentária e a legitimidade da intervenção.