Israel visa receber US$ 20 bilhões em assistência militar

Apesar de enaltecer as revoltas no mundo árabe, o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, afirmou na segunda-feira, 07, que seu país poderá requerer aos EUA mais US$ 20 bilhões em assistência militar para enfrentar novas ameaças. Segundo analistas, Israel gasta US$ 17 bilhões com defesa, o equivalente a 9% do PIB, para os quais os EUA contribuem com US$ 3 bilhões. Barak acredita que os EUA peçam em retorno uma prova contundente da intenção de Israel em avançar no processo de paz com os palestinos. Ele deverá encontrar com o secretário de Defesa, Robert Gates, no final do mês em Washington para discutir a questão. Para Israel, o maior risco no momento é a instabilidade política no Egito. A transição de poder no país vizinho pode levar ao poder figuras como Mohamed ElBaradei e Amr Moussa, que já condenaram publicamente Israel ou advogaram a revisão dos acordos. Conflitos religiosos, e entre forças militares e manifestantes pró-democracia nas ruas do Cairo nos últimos dias também indicam que a transição será menos pacífica do que se supunha a princípio. A radicalização no Egito estimularia os congressistas a reconsiderar a assistência militar de US$ 1,5 bilhões anuais que o governo egípcio recebe dos EUA em troca de aliança política e da preservação dos acordos de paz. Joe Lieberman, presidente do Comitê de Segurança Doméstica e Assuntos Governamentais do Senado, disse que a disposição do Congresso em ajudar o Egito será afetada caso o futuro governo seja composto por extremistas islâmicos ou não reconheça os acordos com Israel.

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