Acordo entre Obama e Republicanos decepciona Democratas
O acordo firmado entre a Casa Branca e os Republicanos para a extensão dos cortes de impostos da era Bush decepcionou os Democratas no Congresso. Apesar de estender os benefícios aos desempregados por 13 meses – uma vitória democrata – o plano também prevê prorrogação dos cortes para todas as rendas por 2 anos e novos parâmetros para o imposto sobre propriedade, estabelecendo isenção máxima de US$ 5 milhões com uma taxa máxima de 35% – concessões exageradas de Obama na visão dos Democratas. O imposto sobre propriedade é a principal controvérsia: Democratas defendem o retorno do imposto, que havia sido revogado esse ano aos níveis de 2009, com isenção máxima de US$ 3,5 milhões e teto de 45%. Para esses congressistas, os valores estabelecidos no acordo privilegiam os mais ricos, que já estão sendo beneficiados pela extensão total dos cortes dos impostos de renda. Na quinta-feira, 09 de dezembro, os Democratas na Câmara votaram por não colocar o plano em discussão a menos que esses valores sejam alterados. Porém, uma modificação levaria os Republicanos a retirarem o apoio ao acordo, bloqueando a legislação. Nesse cenário, os cortes expirariam e o desfecho seria ruim para a Casa Branca. Republicanos já declararam que nesse caso irão aprovar o plano de forma retroativa em janeiro, quando deterão maioria na Câmara e poderão extrair mais concessões de Obama. No entanto, a aprovação quase certa no Senado até quarta-feira deve exercer forte pressão sobre a Câmara para passar o plano.