Radar OPEU n. 7
Cartaz do filme ‘O Aprendiz’, sobre Donald Trump
A cada semana, sugestões do que estamos lendo, escutando, assistindo e fazendo
Por Equipe OPEU* [Radar OPEU] [Divulgação]
TATIANA TEIXEIRA, pesquisadora de pós-doutorado (INCT-INEU/CNPq) e editora responsável pelo OPEU
Lendo Democracy in what State? (Columbia University Press, 2010), com oito breves artigos de Giorgio Agamben, Daniel Bensaïd, Wendy Brown, entre outros intelectuais. No livro, os autores discutem o que é democracia, a ambiguidade do conceito, suas ficções, fraquezas e seu poder (ou potencial?) emancipatório. Publicada há 14 anos, a obra nos ajuda a refletir, no contexto atual, sobre as condições de possibilidade que se estreitam, em diferentes países (incluindo os EUA), para esta imperfeita forma de governo que ainda não foi, parafraseando Churchill, substituída por outra melhor
Descobriu a seção de Política do site Top Documentary Films para maratonar
Escutou os seguintes episódios de podcast: “Is there an earthquake coming in Trumpworld?” (The Rest is Politics: US); “A vitória de Trump: um compêndio de horrores” e “O golpe e a diplomacia” (Foro de Teresina); “Gaetz Goes Down” (PodSave America); “Will RFK Jr. Make America Healthy Again?” e “Americanswers… on 5Live! Who will pay for Trump’s inauguration?” (Americast); “The Metamorphosis of Pete Hegseth” (The Daily/The New York Times); e “Roundup: Demographics, voter trends, and political alignment” (The NPR Politics Podcast)
Último episódio do podcast The Rest is Politics: US
RAFAEL HEYNEMANN SEABRA, doutor em Economia Política Internacional (PEPI-UFRJ) e colaborador do OPEU
Leu o artigo “We Can Do Better Than Bidenism”, de Dustin Guastella, publicado este mês na revista Jacobin. O texto examina as limitações da política econômica do presidente democrata Joe Biden, que, apesar de investimentos em infraestrutura, avanços na política industrial e apoio aos sindicatos, não concretizou as expectativas de um “novo New Deal”. Segundo Guastella, o governo Biden funcionou como um interlúdio entre os mandatos de Trump, destacando a necessidade de mudanças mais estruturais na economia americana
Entenda o que foi o New Deal seguindo a playlist sobre o tema no canal oficial do Museu e Biblioteca Presidencial Franklin D. Roosevelt & Museu, dos Arquivos Nacionais e Administração de Documentos (NARA, sigla em inglês), no YouTube
LUCAS AMORIM, doutorando em Relações Internacionais do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI-USP), em período sanduíche na Georgetown University, e colaborador do OPEU
Participou do Midyear Meeting da Associação Americana de Direito Internacional (ASIL, na sigla em inglês), na Universidade de Chicago, de 14 a 16 de novembro. Na ocasião, compareceu como ouvinte para acompanhar a programação do evento, em especial dos fóruns de pesquisa de temas afins à sua pesquisa de doutorado sobre direito internacional do investimento
Recomenda “O Que É Isso, Companheiro?“, filme de 1997 dirigido por Bruno Barreto que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. A trama é baseada no caso real do sequestro do então embaixador americano, no Rio de Janeiro, em setembro de 1969, pelos grupos guerrilheiros MR-8 e Ação Libertadora Nacional, que lutavam contra a Ditadura Militar no país. O elenco conta com Pedro Cardoso no papel de “Paulo” (Fernando Gabeira), Fernanda Torres como “Maria” (Maria Augusta Carneiro Ribeiro) e o americano Alan Arkin representando o embaixador Charles Burke Elbrick
Assista ao filme ‘O Que é Isso, Companheiro?’ (Fonte: Europa Filmes/YouTube)
THIAGO GODOY GOMES DE OLIVEIRA, doutorando em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas e pesquisador colaborador no OPEU
Assistiu ao filme “O aprendiz” (2024), que conta a história da ascensão de Donald Trump (Sebastian Stan) como empresário de sucesso no setor imobiliário da cidade de Nova York. Ambientado na derradeira década de 1970, o filme traz um claro contexto político mas, acertadamente, busca focar na relação de Trump com seu implacável advogado Roy Cohn (Jeremy Strong). O filme nos apresenta um protagonista bem distante da figura empreendedora e política, com a qual estamos acostumados, sendo um estudo de personagem profundo e que nos auxilia na compreensão do fenômeno político e midiático que viria a ser Donald J. Trump
Assista ao trailer oficial de ‘O Aprendiz’ (Fonte: Diamond Films Brasil/YouTube)
ANDRESSA MENDES, doutoranda em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas e pesquisadora colaboradora no OPEU
Leu o artigo “As vias de transnacionalização da ultradireita brasileira”, dos professores David Magalhães e Odilon Caldeira Neto, o qual analisa o transnacionalismo da ultradireita brasileira de uma perspectiva histórica desde o século XX. O artigo demonstra, entre outros, como a ultradireita brasileira é um processo de adaptação e propagação de ideias globais. No contexto contemporâneo, a transnacionalização da ultradireita brasileira acontece pelo bolsonarismo e seu alinhamento ao trumpismo, em espaços como a CPAC e o Foro de Madrid, e por meio de figuras como Steve Bannon. O artigo foi publicado na edição “A Ascensão da Extrema Direita e a Ordem Global” da Revista CEBRI, n.º 11, Jul.-Set. 2024
Está lendo a entrevista de Paulo Abrão, denominada “A extrema-direita está conectada e articulada não apenas no Brasil e nos EUA, mas internacionalmente” e publicada na mesma edição da Revista CEBRI
Assistiu ao filme “Ainda Estou Aqui” (2024), dirigido por Walter Salles, uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva que retrata a história da família Paiva em meio ao regime de Ditadura Militar no Brasil. O foco do longa reside na luta de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres) para descobrir o paradeiro de seu marido, Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello), desaparecido após ser preso pelo regime. A narrativa também explora as dinâmicas familiares e os desafios da época, abordando o impacto do autoritarismo na vida pessoal e coletiva da sociedade brasileira. O filme é o representante brasileiro na disputa do Oscar de 2025, podendo ser indicado a concorrer nas categorias de “Melhor Filme”, “Melhor Filme Internacional”, “Melhor Atriz” para Fernanda Torres, e outras
Assista ao trailer oficial do filme (Fonte: Sony Pictures Brasil)
YASMIM ABRIL M. REIS, doutoranda em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas e colaboradora no OPEU
Ouviu o episódio “O mundo com fronteiras fechadas”, do podcast O assunto. O podcast é conduzido pela apresentadora Natuza Nery. O episódio aborda a promessa de Donald Trump ao retornar à Casa Branca: deportação em massa de migrantes vivendo em condição ilegal nos EUA
Assistiu ao 4º Seminário RELEU produzido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Estudos sobre os Estados Unidos com o tema “Elecciones en Estados Unidos: miradas desde América Latina”. O seminário é coordenado pelos pesquisadores Leandro Morgenfeld, da Universidad de Buenos Aires, e por Matheus Pereira, do INCT-INEU. Teve como convidados o professor e pesquisador Roberto Moll, da Universidade Federal Fluminense (UFF/INCT-INEU); a pesquisadora Anabella Busso, da Universidad Nacional de Rosario; e Raúl Rodríguez, do Centro de Estudios Hemisféricos y sobre Estados Unidos (CEHSEU – Cuba), da Universidade de Havana
MARCUS VINICIUS DA SILVA TAVARES, doutorando em Economia Política Internacional (PEPI/UFRJ) e colaborador do OPEU
Lendo Artificial Intelligence and the New World Order: New Weapons, New Wars and a New Balance of Power (Springer, 2024), de Fatima Roumate, que aborda o papel crucial dos Estados Unidos na liderança e no desenvolvimento de tecnologias de Inteligência Artificial, especialmente no contexto militar. A obra destaca como os EUA estão na vanguarda da inovação em IA, com um foco crescente em armas autônomas e em sistemas de defesa baseados em IA para manter sua superioridade no campo de batalha. Além disso, o explora como essa liderança em IA pode influenciar a posição geopolítica dos Estados Unidos, tanto como potência dominante quanto como alvo de novas formas de guerra cibernética. O livro também discute as implicações para a segurança nacional dos EUA, à medida que se veem desafiados por outras potências, como a China, que estão desenvolvendo rapidamente suas próprias capacidades em IA para alcançar um equilíbrio de poder global
LAURO ACCIOLY, pesquisador colaborador do OPEU, responsável pela área de Segurança e Tecnologia, e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), com período “sanduíche” na American University em Washington, D.C
Lendo o livro The Color of Law: A Forgotten History of How Our Government Segregated America (Liveright, 2017), escrito por Richard Rothstein, ex-colunista do jornal The New York Times e pesquisador associado do Economic Policy Institute, bem como bolsista do Thurgood Marshall Institute, do Fundo de Defesa Legal da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês). A obra apresenta um problema que permanece incrustado na sociedade estadunidense: a concentração dos pobres e da classe média em bairros segregados é majoritariamente de pessoas negras. Rothstein documenta as profundas raízes históricas e as práticas contínuas nas leis e no costume social que mantêm um sistema profundamente antiamericano, o qual detém os cidadãos mais desfavorecidos do país. Estou lendo esta obra para produzir uma crônica sobre o caso de gentrificação que ocorre há anos, gradativamente, em Washington, D.C.
Visitei o National Museum of African American History and Culture, único museu nacional dedicado exclusivamente à documentação da vida, história e cultura afro-americanas. Foi estabelecido por uma lei do Congresso, em 2003, durante o governo de George W. Bush, após décadas de esforços para promover e destacar as contribuições dos afro-americanos. O Museu foi inaugurado e aberto ao público em 24 de setembro de 2016 durante a administração de Barack Obama, como o 19º museu da Smithsonian Institution
Conheça o Museu (Fonte: programa 60 Minutes/YouTube)
DÉBORA BINATTI, graduanda em Relações Internacionais pelo IRID/UFRJ, bolsista de Iniciação Científica do INCT-INEU/OPEU (PIBIC/CNPq) e escritora
Assistiu a “The Wicker Man“, clássico do folkhorror de 1973, que retrata muito bem a dinâmica de cultos e supremacistas nacionais
Assistiu ao filme “Reality” (2023), dirigido por Tina Satter. O longa retrata Reality Winner, americana que, ao retornar para casa, encontra dois agentes do FBI (o equivalente à nossa PF). Veterana da Força Aérea e instrutora de ioga, Winner passa as duas horas seguintes sendo questionada sobre seu trabalho dentro da Inteligência americana: especificamente, se ela vazou um documento confidencial sobre a interferência russa nas eleições de 2016 nos EUA. A história é real e — mais que nunca — atual dentro do contexto americano
* Perdeu as edições anteriores? Confira aqui *
* Revisão e edição: Tatiana Teixeira. Este conteúdo não reflete, necessariamente, a opinião do OPEU, ou do INCT-INEU.
** Sobre o OPEU, ou para contribuir com artigos, entrar em contato com a editora do OPEU, Tatiana Teixeira, no e-mail: tatianat19@hotmail.com. Sobre as nossas newsletters, para atendimento à imprensa, ou outros assuntos, entrar em contato com Tatiana Carlotti, no e-mail: tcarlotti@gmail.com.
Assine nossa Newsletter e receba o conteúdo do OPEU por e-mail.
Siga o OPEU no Instagram, Twitter, Linkedin e Facebook e acompanhe nossas postagens diárias.
Comente, compartilhe, envie sugestões, faça parte da nossa comunidade.
Somos um observatório de pesquisa sobre os EUA,
com conteúdo semanal e gratuito, sem fins lucrativos.