Internacional

Turquia cede à pressão dos EUA na OTAN

Os 28 países membros da OTAN e a Rússia chegaram a um acordo sobre a instalação de um sistema antimíssil na Polônia, Romênia e Turquia, em reunião realizada em Lisboa entre 19 e 21 de novembro. A Turquia, único país muçulmano da aliança, impusera como condição para sediar o sistema o controle sobre as instalações na base da OTAN em Izmir, e a não-categorização de Irã e Síria como inimigos declarados. O país, no entanto, assinou relutante a proposta final: o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan cedeu às pressões do EUA e declarou que a aliança deveria controlar o sistema, que poderá ser instalado na Alemanha. A Turquia pleiteia adesão à Uniao Europeia, sendo aliado dos EUA na guerra do Afeganistão e rota estratégica do fluxo energético entre Ásia e Europa. Interesses comerciais e políticos, contudo, aproximam-na de países centro-asiáticos e do Golfo Pérsico. A posição turca de conciliação de seus interesses com parceiros orientais e aliados ocidentais tem arranhado as relações com os EUA. Por outro lado, a Turquia vem desenvolvendo política externa mais independente, como demonstrado no voto contra as sanções da ONU ao Irã em junho e no descontentamento com a não condenação por parte dos EUA ao ataque israelense à flotilha de paz na Palestina em maio. A nova política tornou-se uma preocupação para alguns membros do Congresso dos EUA, entre eles o atual Presidente do Comitê das Relações Exteriores da Câmara, Howard L. Berman (D – CA), e sua provável sucessora em janeiro de 2011, Ileana Ros-Lehtinen (R – FL).

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