Parlamento iraquiano volta a se reunir

O Parlamento iraquiano reuniu-se depois de oito meses de inatividade, colocando fim ao impasse que impedia a formação do governo desde as eleições em março de 2010. Em 11 de novembro, três postos principais foram definidos, cabendo a liderança do Parlamento ao sunita Osama Nujaifi, a presidência do país ao curdo Jalal Talabani, e o cargo de primeiro-ministro ao xiita Nouri al-Maliki. Dois dias depois, uma segunda sessão discutiu possíveis acordos para a resolução de conflitos fronteiriços e energéticos entre curdos e árabes, e votou contra a lei que excluía a participação de ex-membros do Baath, extinto partido de Saddam Hussein. Para tornar o governo mais inclusivo, a distribuição dos ministérios e dos cargos do gabinete deverá ser inversamente proporcional à relevância hierárquica dos três cargos mais importantes atribuídos aos partidos. O candidato vitorioso nas eleições e líder do Iraqya, Ayad Allawi, recusou a presidência do Conselho Nacional de Políticas Estratégicas e ameaçou formar um comitê de oposição dentro do Parlamento como protesto à posse de al-Maliki. O arranjo de poder, considerado anti-democrático por muitos sunitas, também pode gerar mais violência sectária. Segundo o Comandante dos EUA no Iraque, General Lloyd J. Austin III, certa “turbulência” é esperada até a formação definitiva do novo governo. Somente na semana anterior, aproximadamente 118 pessoas foram mortas na mais violenta onda de ataques nos últimos meses. Apesar dos prognósticos, o novo acordo foi parabenizado pelos EUA, Conselho de Segurança da ONU e Irã.

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