EUA bombardeiam o Iêmen
Mísseis dos EUA destruíram, no dia 14, três instalações com radares operados pelos hutis no Iêmen. O Pentágono justificou a ação como retaliação pelos supostos ataques frustrados dos rebeldes ao destroyer USS Mason dias antes. Os hutis negam ter atacado o navio e dizem que os EUA forjaram a história. Em 2014, os hutis destituíram o governo sunita, tomaram a capital Sana e passaram a controlar a maior parte do país. O grupo é da minoria xiita e vem sendo combatido por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, com apoio logístico e de inteligência dos EUA. O governo saudita, que é sunita, quer reconduzir ao poder o presidente Abd Rabbu Mansour Hadi, hoje refugiado na Arábia Saudita. Já os hutis apoiam Ali Abdullah Saleh, ex-presidente e antigo aliado dos EUA deposto pelas forças de Hadi em 2012. Ataques sauditas têm deixado muitos mortos entre os civis, e por isso recebem críticas de grupos de direitos humanos. No dia 10, um bombardeio da coalizão matou mais de 100 pessoas e feriu mais de 500 em um funeral. O artefato usado no bombardeiro é de fabricação dos EUA. A investida do Pentágono mostra a participação dos EUA na guerra que poderá se expandir regionalmente, dizem analistas. O Irã é acusado pela Arábia Saudita de armar os hutis, embora os rebeldes neguem o envolvimento iraniano. Após os ataques dos EUA, o Irã enviou dois navios de guerra para o Golfo de Áden sob a justificativa de proteger cargueiros mercantes contra pirataria. Milhares de pessoas, a maioria civis, morreram no Iêmen desde o início do conflito. Quase três milhões de pessoas estão desalojadas e outras 14 milhões vivem em situação de insegurança alimentar.