Cresce o número de republicanos contra Trump
A expectativa de que, depois de confirmada sua candidatura, Donald Trump conseguiria unificar o Partido Republicano parece cada vez mais distante. Em artigo no The Washington Post, no dia 8, a senadora Susan Collins (R-ME) foi o mais recente membro do partido a desistir de Trump. De maneira assertiva, a senadora disse que rejeitar convenções do “politicamente correto” é diferente do “completo desrespeito à decência” mínima. A republicana acrescentou que Trump “zomba de pessoas vulneráveis”, inflama preconceitos étnicos e religiosos, e não estaria apto a ser presidente por “desrespeitar o princípio de tratar os outros com respeito”. Outros três senadores, dois governadores republicanos e vários representantes já romperam com a candidatura de Trump. Alguns desses políticos enfrentam campanhas de reeleição difíceis e olham para o voto dos eleitores moderados ao se distanciar de Trump, mas o racha no partido não se limita a isso. Republicanos influentes fora do ciclo eleitoral já relegaram, como os ex-governadores Jeb Bush e Mitt Romney. No dia 8, um grupo de especialistas em segurança nacional, com passagens pelo governo desde a administração Nixon, divulgou carta aberta afirmando que Trump não é qualificado para a presidência e que ele poderia ser o presidente “mais irresponsável da história”. Dentre as 50 assinaturas, destacam-se os ex-secretários de Segurança Doméstica, Michael Chertoff e Tom Ridge, o ex-diretor da CIA, Michael Hayden, o ex-diretor de Segurança Nacional, John Negroponte, e os ex-representantes comerciais dos EUA, Carla Hills e Robert Zoellick.