EUA têm pleno emprego e menos homens na força de trabalho

A economia dos EUA apresentou taxa de desemprego de 4,7% em junho. Além de representar uma situação de pleno emprego, o índice confirma a recuperação da economia do país, que chegou a ter 10% de desempregados no ápice da recessão. Apesar dos dados, o Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca ainda mostra preocupação. O tamanho da força de trabalho, calculado pelo percentual da população atualmente empregada ou procurando emprego, diminuiu em 3% desde a crise. O índice atual é de 62,6%, o menor desde a década de 1970. Mais preocupante é o fato de a contração ser maior na faixa de homens entre 25 e 54 anos. O relatório, divulgado no dia 20, aponta que 88% dos homens nessa categoria estão no mercado de trabalho, índice que chegava a 98% na década de 1950. O número deixa os EUA com a terceira pior performance entre países desenvolvidos. A entrada das mulheres no mercado de trabalho ou o aumento de pedidos de benefícios sociais não parecem ser suficientes para explicar a diminuição. De acordo com o relatório, as principais causas são formação educacional insuficiente e menor demanda por trabalhadores de baixa capacitação técnica. Apenas 83% dos homens que possuem ensino médio ou fundamental estão na força de trabalho, contra 93% entre os que possuem diploma superior. Quase 36% dos inativos viviam em situação de pobreza em 2014, colocando em dúvida as teses de que o desemprego seria uma escolha pessoal. O quadro piora quando considerado que a população masculina nas prisões não entra nas estatísticas. O elevado número de presos retira da contagem muitas pessoas que seriam classificadas como inativas. Para atenuar o problema, o estudo recomenda investimentos em infraestrutura, aumento do salário mínimo, e a reforma de community colleges, escolas técnicas, justiça criminal e sistema fiscal.

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