Japoneses voltam a protestar contra presença militar dos EUA

Milhares de japoneses protestaram, no dia 19, contra a presença militar dos EUA na ilha de Okinawa. Segundo os organizadores, a manifestação reuniu 65 mil pessoas e é considerada a maior em duas décadas. A razão foi o assassinato de uma jovem de 20 anos, supostamente, por um soldado dos EUA. A segunda maior manifestação desse tipo ocorreu em 1995, após a prisão de três marines por estupro e morte de uma criança de 12 anos. A revolta se deve à impunidade de soldados e funcionários terceirizados dos EUA envolvidos em crimes ou irregularidades. Como as bases são território dos EUA, todos têm muita chance de escapar da legislação japonesa. O manifesto ocorreu dois dias depois de o Pentágono suspender a proibição de consumo de bebidas alcoólicas nas bases. A medida tinha sido aplicada por apenas duas semanas devido a um acidente de carro causado por um militar embriagado. Os crimes são parte de uma indignação antiga da população, que vem crescendo principalmente entre a juventude. Mais da metade dos 100 mil soldados dos EUA no Japão vivem em Okinawa, proporção que a população considera excessiva. Além de querer a diminuição do contingente, os residentes não aceitam a construção de outro aeroporto militar pelos EUA no norte da ilha. Nas eleições deste mês, o eleitorado votou massivamente em candidatos que apoiam a causa. O governador de Okinawa, Takeshi Onaga, tenta conseguir apoio de Tóquio para reduzir a presença militar, mas encontra resistência na classe política conservadora. O primeiro-ministro Shinzo Abe já disse que o enfraquecimento da aliança com os EUA aumentaria a rivalidade com a China.

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