Trump anuncia plano energético com volta ao passado
O pré-candidato Donald Trump apresentou, no dia 26, o America First Energy Plan. O plano de energia tem parte do título de sua plataforma de política externa, com a concepção comum de colocar os interesses e a segurança dos EUA acima de propostas globalistas. America First também foi o slogan usado no país, nos anos 1940, por um grupo isolacionista e antissemita que defendia o apaziguamento com Hitler. Para Trump, o presidente Barack Obama adota regulações contra o desenvolvimento doméstico de recursos minerais. Ponto central da crítica são as regulações da Agência de Proteção Ambiental para o setor de carvão. O republicano lamenta a rejeição do governo para estender um oleoduto canadense até o Texas. Também condena as barreiras regulatórias que impedem a exploração plena de recursos fósseis em terras federais, como no Alasca e na plataforma marítima continental. Sua visão é que a política atual levou à perda de empregos e à manutenção da dependência de fornecimento externo. Isso mesmo com Obama reduzindo o desemprego de 10%, em 2009, para 5,5%; e diminuído as importações de petróleo e derivados para menos de cerca de 40%, contra mais de 60% na década anterior. O republicano promete domínio e independência energética como metas estratégicas da política externa e econômica. Acabaria com regras ambientais, salvaria a indústria do carvão, liberaria a exploração em terras federais, aprovaria o Keystone e cancelaria o acordo climático assinado na ONU. Trump não deixa claro como atingiria os objetivos ou venceria a esperada resistência dos democratas no Congresso. Diz apenas que a agenda seria executada com reformas regulatórias, fiscais, energéticas, imigratórias e comerciais.