Sanders e Clinton sobem o tom sobre dinheiro de petróleo
A polêmica sobre doações da indústria petrolífera para a pré-candidata Hillary Clinton esquentou a disputa democrata. Ao ser questionada sobre o assunto por uma ativista do Greenpeace, no dia 31, Clinton reagiu com irritação e garantiu que recebe apenas de trabalhadores do setor petrolífero. Em seguida, disse estar cansada das mentiras difundidas pela equipe de seu concorrente, o senador Bernie Sanders. No dia seguinte, o chefe de campanha de Sanders reagiu declarando que a ex-senadora devia desculpas ao senador. Segundo Jeff Weaver, todos os comentários de Sanders sobre a ligação de sua rival com o segmento petrolífero estão baseados em fatos. Sanders também jogou lenha na fogueira, afirmando que 57 lobistas deram dinheiro para a democrata, que teria recebido um total de US$ 4,5 mihões do segmento. Esses dados estão baseados em análises do Greenpeace, considerados pela equipe de Sanders como mais confiáveis do que as do tradicional Center for Responsive Politics (CRP). Para Viveca Novak, do CRP, os números do Greenpeace distorcem a realidade por não diferenciar as doações de lobistas que representam mais de um grupo de interesse. O centro calcula que trabalhadores da indústria petrolífera doaram US$ 308 mil para Clinton, total que chegaria a US$ 333 mil incluindo outros recebimentos relacionados, e US$ 54 mil para Sanders. Os valores significam 0,15% e 0,04% do total dos respectivos recebimentos de campanha. Comparando republicanos e democratas, o CRP identifica que os primeiros receberam 97,7% das doações do setor fóssil.