Abate de caça russo põe em dúvida a liderança dos EUA
A Casa Branca disse que a Turquia tem o direito de se defender, referindo-se à decisão do governo turco de abater um avião militar russo, no dia 24. A Turquia alega que o avião invadiu seu espaço aéreo, enquanto a Rússia afirma que a aeronave estava em território sírio para combater o Estado Islâmico (EI). Sendo a Turquia membro da OTAN, o apoio do presidente Barack Obama não chega a surpreender. O problema para os EUA é manter o compromisso com o aliado sem inviabilizar a coalizão internacional que luta contra o EI e que tem a Rússia como maior protagonista no momento. O presidente russo Vladimir Putin disse que havia informado previamente os EUA sobre a rota do caça. Para Putin, a derrubada do avião significa que os EUA não conseguem controlar seus aliados ou não sabem usar informações estratégicas. O avião russo estava em missão de ataque a um carregamento de petróleo do EI na fronteira da Síria com a Turquia. Putin acredita que o governo turco seja, no mínimo, conivente com a venda de petróleo pelos extremistas na Turquia. O governo Obama não admite, mas jornais nos EUA divulgam que essa também é a opinião em Washington. Obama teria reclamado recentemente com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, da falta de empenho em impedir que os caminhões carregados de petróleo cruzem a fronteira. A mesma crítica é direcionada ao governo sírio de Bashar al Assad. No dia 25, o Departamento do Tesouro aplicou sanções a um cidadão sírio acusado de facilitar a compra de petróleo do EI.