Kevin McCarthy (R-CA), o atual líder da maioria na Câmara, desistiu da candidatura ao cargo de porta-voz da Casa horas antes da votação, no dia 8. John Boehner (R-OH), que ocupa o cargo desde 2011, colocou o posto à disposição no fim de setembro devido à forte pressão que vinha sofrendo da ala mais conservadora de seu partido. Boehner deixará o posto em 30 de outubro. McCarthy era seu candidato preferido e o mais bem cotado para assumir a liderança. A desistência surpreendeu a todos. McCarthy justificou sua saída afirmando não possuir apoio suficiente dentro do partido para liderar a Câmara. Às vésperas da eleição, McCarthy vinha sendo pressionado pela mesma ala radical que dificultou a liderança de Boehner nos últimos anos. Dois outros membros estão concorrendo ao cargo, Daniel Webster (R-FL) e Jason Chaffetz (R-UT), mas ambos são vistos pela maioria dos republicanos como inexperientes. Com a surpresa, Boehner adiou a eleição por tempo indeterminado ao mesmo tempo em que a Câmara entra em recesso de uma semana. Boehner, McCarthy e outros membros do partido pressionam o representante Paul Ryan (R-WI) a se candidatar, alegando que ele é único com capacidade de unir as facções republicanas. Ryan, que foi candidato a vice-presidente em 2012, já declarou diversas vezes não ter interesse na vaga, mas sua posição pode mudar diante do impasse. A definição do novo porta-voz da Câmara é fundamental no momento em que os republicanos discutem o orçamento de 2016, o limite da dívida pública e tentam mostrar aos eleitores que são um partido confiável para assumir a presidência nas próximas eleições.