Crescimento do emprego fica abaixo do esperado

O relatório mensal de emprego, divulgado no dia 2, apontou a criação de apenas 142 mil vagas no mês de setembro. Especialistas esperavam a geração de 200 mil novos postos de trabalho no período. O Departamento de Trabalho também revisou para baixo os dados de julho e agosto. Em julho, houve uma queda de 245 mil empregos novos para 223 mil e, em agosto, de 173 mil para 136 mil. Apesar do crescimento fraco dos últimos meses, a taxa de desemprego permanece estável em 5,1%. Os setores mais afetados pelo fechamento de postos foram o manufatureiro, com a perda de 9 mil vagas em setembro, e o de mineração, que encerrou outras 10 mil. Analistas apontam que o desaparecimento de vagas nesses setores é decorrência da diminuição das exportações dos EUA, ocasionada pela alta do dólar e pela desaceleração do crescimento econômico global. O relatório também mostrou pequeno recuo no nível médio dos salários em setembro, com um ganho geral de apenas 2,2% no ano. Os números de emprego e salário são relevantes também por apontar que a taxa de juros básica dos EUA poderá ser mantida próxima de zero por mais tempo do que o mercado esperava. No dia 18, o Federal Reserve anunciou que poderia aumentar os juros em dezembro, ao estimar o aquecimento do mercado de trabalho. Os dados também sugerem que os índices de consumo pessoal não cresceram. O aumento do consumo é essencial para atingir a meta de inflação do Fed e manter o crescimento econômico.

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