O Census Bureau, órgão do Departamento de Comércio, publicou seu relatório anual sobre renda, pobreza e saúde, no dia 16. Os dados mostram aumento expressivo no número de pessoas que possuem planos de saúde nos EUA. O censo constatou que 8,8 milhões de indivíduos passaram a ter cobertura de saúde em 2014. Após anos de estabilidade, entre 2008 e 2013, os números representam uma redução de 13,3% para 10,4% da população sem cobertura. Mesmo assim, o total de não segurados nos EUA é de 33 milhões. Pesquisadores atribuem a mudança à ampliação do acesso a programas de saúde promovida pelo governo Obama. O Affordable Care Act, inicialmente aprovado em 2010, foi plenamente implementado no ano passado. A nova legislação proporcionou o alargamento dos dois maiores programas governamentais de saúde: o Medicaid, que oferece planos de saúde a pessoas de baixa renda; e o Medicare, destinado aos idosos. Além disso, o chamado Obamacare criou pregões de planos de saúde e estabeleceu subsídios federais para a aquisição dos mesmos. Apesar de ainda registrar disparidades, o Bureau apurou que todos os grupos étnicos apresentaram crescimento de cobertura de saúde. Assim como em 2013, a maioria da população continua obtendo seguro saúde através de seus empregadores. A má notícia diz respeito aos níveis de pobreza e renda. O acréscimo de 2,6 milhões de empregos, o maior em dez anos, não foi suficiente para aumentar a renda média das famílias. O censo também registrou que os níveis de pobreza se mantêm praticamente os mesmos há quatro anos, atualmente em 14,8%, ou o equivalente a 46,7 milhões de pessoas.