O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) divulgou, no dia 25, relatório atualizado com perspectivas econômicas e orçamentárias até 2025. O órgão constatou uma ampliação das receitas federais com o imposto de renda de corporações e indivíduos. Com o aumento inesperado, o CBO prevê que o limite da dívida pública, de US$ 18,1 trilhões, só será atingido no fim de novembro ou começo de dezembro. Até lá, é esperado que o Tesouro continue honrando seus compromissos sem a necessidade de novo aumento do teto da dívida. A última vez que o Congresso precisou agir a este respeito foi em fevereiro de 2014. O relatório também estima déficit federal de US$ 426 bilhões em 2015, ou 2,4% do PIB, uma redução expressiva em relação ao número anterior, de US$ 478 bilhões, divulgado em março. A economia deve se expandir de forma modesta neste ano, em até 2%, mantendo-se em crescimento até 2017. Com esses dados, alguns analistas acreditam que o Congresso vinculará o aumento do teto da dívida ao orçamento do ano fiscal 2016. As discussões girarão em torno da substituição dos limites de gastos orçamentários impostos pelo Budget Control Act de 2011. Para vincular as duas discussões em um grande acordo no final do ano, o Congresso precisará aprovar uma autorização orçamentária de curto prazo após 30 de setembro. O atraso pode prejudicar vários órgãos federais, entre eles o Pentágono. Os militares reclamam que os limites orçamentários de 2011 têm comprometido seus projetos de defesa de longo prazo, que precisam ser planejados com anos de antecedência.