América Latina

Embaixada em Havana é aberta após mais de 50 anos

A embaixada dos EUA em Cuba foi reaberta, no dia 14, com cerimônia de grande simbolismo histórico. Cuba havia inaugurado sua embaixada em Washington semanas antes. Diante de 300 convidados, a bandeira dos EUA foi hasteada em Havana por três veteranos da Marinha, os mesmos soldados que a retiraram quando os dois países romperam relações diplomáticas em 1961. O secretário de Estado John Kerry fez um discurso na abertura, enaltecendo os presidentes Barack Obama e Raúl Castro pelos esforços conjuntos de reaproximação, mas alertou para o que considera falta de democracia em Cuba. Kerry é o funcionário de mais alto escalão dos EUA a visitar Cuba desde o governo de Franklin Roosevelt. Apesar dessas ações, o principal obstáculo para a normalização das relações permanece: o bloqueio comercial dos EUA sobre a ilha. O fim dessa política depende do Congresso, que é controlado por uma maioria republicana contrária à estratégia de aproximação feita pela Casa Branca. A resistência parte inclusive de republicanos ligados à comunidade cubana nos EUA, como o pré-candidato à presidência, Marco Rubio. O fim do embargo é fundamental para desenvolver cooperação em assuntos navais e aéreos, e acordos nas áreas de telecomunicações e meio ambiente. Esses e outros temas mais sensíveis, como direitos humanos, deverão ser discutidos em setembro entre autoridades dos dois países. Com a retomada dos laços com Cuba, os EUA permanecem sem relações diplomáticas com apenas três países: Irã, Coreia do Norte e Butão.

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