Cenário positivo para energia eólica depende do Congresso
Energia eólica corresponde a quase 5% da eletricidade gerada nos EUA, segundo relatórios publicados pelo Departamento de Energia em agosto. A capacidade instalada é baixa, produzindo 66 gigawatts suficientes para abastecer 17,5 milhões de casas, mas a expectativa do Departamento é acrescentar 13 gigawatts até 2016. O setor apresenta o ritmo de crescimento mais acelerado no mercado energético, em parte devido aos contratos de longo prazo entre usinas e distribuidoras. A fonte eólica tornou-se a opção mais barata em algumas regiões. A queda nos custos explica o momento positivo para indústria: o preço da unidade de quilowatt-hora caiu dois terços desde 2009, alcançando US$ 2,35. Cerca de 10% desse valor é subsidiado pelo governo federal através de créditos fiscais para os produtores. Benefícios fiscais semelhantes são concedidos aos investidores em energia limpa. Desenvolver o segmento eólico é importante para o Clean Power Plan, plano ambiental do governo Obama, mas existem barreiras no Congresso. Os incentivos para energia renovável foram implementados em 1992, com avanços e retrocessos desde então. Sem apoio republicano, os créditos foram extintos em 2013 e liberados em dezembro último somente para projetos iniciados em 2014. Uma proposta bipartidária, introduzida em julho, pretende estendê-los às instalações construídas em 2015 e 2016. O programa custaria US$ 10,5 bilhões ao governo nos próximos 10 anos, prazo durante o qual as empresas teriam direito ao crédito fiscal. O valor é menos de 10% dos US$ 135 bilhões em incentivos públicos que beneficiarão a indústria fóssil no mesmo período.