Obama fala em risco de guerra para manter acordo com Irã

Em discurso na American University, no dia 5, o presidente Barack Obama disse que algum tipo de guerra será a única alternativa caso o acordo com o Irã seja desfeito. A fala foi uma mensagem ao Congresso, principalmente para os democratas que hesitam entre apoiar e rejeitar o compromisso assinado em julho. Por outro lado, Obama mostrou ceticismo sobre a efetividade da ação militar para impedir o desenvolvimento da bomba pelo Irã. Para o presidente, mesmo analistas militares israelenses admitem que um confronto bélico conseguiria apenas atrasar a bomba iraniana. Segundo o Iran Nuclear Agreement Review Act, aprovado em maio, os congressistas têm até meados de setembro para aceitar ou recusar o acerto entre o Irã e o P5+1, grupo dos cinco membros do Conselho de Segurança e a Alemanha. A Casa Branca tenta convencer os democratas a não rejeitar o acordo, como faz o Partido Republicano através de proposta introduzida na Câmara no dia 6. O debate no Senado está marcado para 8 de setembro. Evitar que os democratas apoiem a estratégia republicana é fundamental para Obama manter o poder de veto em caso de uma resolução final negativa. A tarefa não é tão difícil, já que os republicanos precisam dos votos de pelo menos 13 senadores democratas para derrubar o veto presidencial. Embora a rejeição do acordo pelo Congresso seja improvável, a discussão retarda o fim das sanções contra o Irã, ponto crítico para o governo iraniano. Em vigor até que os congressistas examinem a questão, as sanções poderão ser estendidas por até 12 dias após uma eventual resolução contrária e outros 10 dias depois do veto de Obama.

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