Casamento gay é lei em todos os estados nos EUA
Uma decisão da Suprema Corte, no dia 26, pôs fim a dois anos de incertezas sobre a legalidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos EUA. Em junho 2013, a Suprema Corte havia decidido sobre a inconstitucionalidade de uma lei federal que declarava o casamento como a união entre um homem e uma mulher. Mas a decisão se referia ao governo federal e não obrigava todos os estados a reconhecer o casamento gay. A união já era reconhecida em 19 dos 50 estados, mas leis regionais em muitas partes do país proibiam o casamento entre pessoas do mesmo sexo. As diferenças de tratamento levaram a processos em instâncias inferiores. Enquanto a maioria das cortes derrubou as proibições, a Corte de Apelação do 6o. Circuito manteve as leis de Ohio, Tennessee, Michigan e Kentucky. O caso chegou à Suprema Corte, que por 5 votos a 4 manteve que o casamento gay deve ser reconhecido em todos os estados do país. A decisão foi uma vitória histórica para ativistas e casais que, além de poderem celebrar sua união livremente, e terão tratamento igualitário para cobertura de planos de saúde, aposentadorias, impostos, herança, entre outros. O juiz Anthony Kennedy foi quem deu o voto decisivo, argumentando que a união entre pessoas do mesmo sexo deve ser reconhecida sob a cláusula de proteção à igualdade da 14a. Emenda da Constituição. A decisão foi altamente politizada. Todos os pré-candidatos republicanos à presidência em 2016 haviam declarado oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. O senador Ted Cruz (R-TX) e o governador de Wisconsin, Scott Walker, chegaram a sugerir uma emenda constitucional para reverter a decisão da Suprema Corte.