Internacional

Alemanha e EUA espionaram empresas e governos europeus

EUA e Alemanha trabalharam juntos na espionagem a empresas, governos e pessoas na União Europeia. A informação foi divulgada pela revista alemã, Der Spiegel, na semana passada. Os dois países começaram a colaborar nessas atividades depois da Segunda Guerra Mundial. A cooperação continuou mesmo depois que agentes dos EUA deixaram de atuar na central de escuta conjunta na Baviera, em 2004. Isto porque um Memorando de Entendimento de 2002 determinou que a Alemanha compartilharia informações com Washington em troca de tecnologia de inteligência dos EUA. A preservação da parceria foi motivada pelos atentados de 11 de setembro, principalmente com a constatação de que alguns dos terroristas haviam vivido na Alemanha. O acordo estabeleceu que a Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA, na sigla em inglês) daria ao serviço secreto alemão, conhecido como BND, a identificação dos alvos de espionagem. A empresa europeia Airbus, os governos da França e da Áustria, a Comissão Europeia e jornalistas alemães seriam parte da lista. As suspeitas sobre a ligação entre a NSA e o BND não são recentes. Em 2010, a Der Spiegel já havia questionado a influência da agência dos EUA nos procedimentos do BND. Três anos depois, as revelações de Edward Snowden sobre espionagem dos EUA na Alemanha levaram setores da sociedade civil e política a pedir mais transparência. Na época, foi constatado que a própria chanceler Angela Merkel era observada pela NSA. Merkel agora passa a ser pressionada a divulgar o nome de todas as empresas e pessoas nas investigações conjuntas. Em entrevista no dia 5, a chanceler disse que sua decisão nesse sentido será tomada somente após terminadas as consultas com os EUA.

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