Pentágono perdeu US$ 500 milhões em armas no Iêmen

O Pentágono perdeu o controle no Iêmen sobre armamentos estimados em US$ 500 milhões. Os equipamentos eram parte da ajuda militar dos EUA ao país árabe desde 2007. Nas últimas semanas, congressistas se reuniram a portas fechadas com autoridades do Departamento de Defesa para saber o paradeiro das armas. Os militares confessaram total desconhecimento e reconheceram que há pouco a fazer para evitar que as armas caiam nas mãos de terroristas. O governo iemenita foi deposto em janeiro deste ano e os EUA fecharam sua embaixada no país há cerca de um mês. Muitas bases militares iemenitas foram ocupadas pelo grupo Houthi, que assumiu o controle do país. Outras instalações foram tomadas pela Al Qaeda da Península Arábica. Os equipamentos em questão incluem 4 helicópteros, 3 aviões, 200 rifles, 4 veículos leves, 4 lançadores manuais de aviões não tripulados e centenas de itens menores. O Pentágono assumiu responsabilidade pela perda, mas minimizou possíveis consequências. A maior parte das armas letais é de pequeno porte. Como a quantidade de armas no Iêmen já é muito elevada – o país é o segundo no mundo na relação de armas por habitantes – o material dos EUA pouco alteraria a relação de forças no Iêmen. Fornecer material bélico e treinar soldados estrangeiros têm sido a estratégia escolhida pelo presidente Barack Obama para evitar o envio de tropas terrestres a zonas de conflito. Em 2013, um relatório do Congresso questionou a eficácia da tática e criticou a falta de supervisão sobre o material. O ex-presidente iemenita, Ahmed Saleh, já teria levado parte das armas para uma base privada de sua família ao renunciar em 2012.

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