Obama considera Venezuela ameaça aos EUA
O presidente Barack Obama declarou que a situação na Venezuela representa uma ameaça à segurança nacional dos EUA. A informação faz parte de uma ordem executiva anunciada no dia 9, que também estabelece sanções a sete cidadãos venezuelanos considerados pelos EUA como violadores da liberdade de expressão e repressores de antigovernistas. Eles terão seus ativos nos EUA congelados e estarão impedidos de entrar ou fazer transações financeiras no país. Seis deles exercem, ou exerceram no passado, cargos de comando em órgãos de inteligência e segurança venezuelanos. A sétima pessoa é uma procuradora acusada de fraudar processos judiciais contra oposicionistas. As sanções poderão ser estendidas a integrantes de instituições que venham a ser responsabilizadas por atos semelhantes, bem como a membros atuais e antigos do governo da Venezuela. O tipo de punição e até o perfil dos penalizados segue o mesmo padrão usado contra agentes de governos com os quais Washington têm relações turbulentas, como Irã, Síria e Rússia. Outro objetivo da ação é proteger o sistema financeiro dos EUA do fluxo de dinheiro obtido com corrupção pública na Venezuela. Curiosamente, a ordem executiva baseia-se na Lei de Defesa de Direitos Humanos e da Sociedade Civil na Venezuela, aprovada em dezembro de 2014. O autor do projeto que originou a legislação é o senador Robert Menendez (D-NJ), que atualmente é investigado pelo FBI por corrupção e uso de influência para favorecer um doador de campanha. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, condenou a medida e pediu poderes ao Congresso para ampliar a capacidade de defender a paz e a integridade de seu país contra forças externas.