Senado sabatina indicado a secretário de Defesa
A audiência de Ashton Carter, nomeado para o cargo de secretário de Defesa, foi marcada por seu empenho em ganhar a simpatia do Comitê de Assuntos Exteriores do Senado. Físico de formação, Carter trabalhou no Departamento de Defesa entre 2009 e 2013, atuando em Aquisições, Tecnologia e Logística nos dois primeiros anos e como secretário adjunto nos dois últimos. Falando aos membros do comitê, no dia 4, Carter mostrou uma visão diferente do presidente Barack Obama em algumas questões. O candidato apoia o envio de armas letais ao governo ucraniano e, embora defenda o fim da prisão de Guantánamo, considera que seu fechamento não será possível no curto prazo. Apresentando-se como uma voz independente na Casa Branca, Carter afirmou que os EUA não deveriam aceitar a permanência no poder do líder sírio Bashar al-Assad. Em relação ao Afeganistão, declarou que a retirada das tropas de combate poderia ser postergada, caso necessário para a estabilidade no país, e não descarta o uso de tropas terrestres no Iraque contra o Estado Islâmico. Sua postura relativamente autônoma agradou aos republicanos, fato que não chega a surpreender. Apesar de ser democrata, Carter tem boa aceitação entre a oposição. Senadores conservadores como John McCain (R-AZ) e Lindsey Graham (R-SC), por exemplo, criticam a suposta falta de firmeza na política de segurança do presidente. Caso seja confirmado, substituirá o secretário Chuck Hagel, um ex-senador republicano cuja gestão foi marcada por atritos com seu partido e, mais recentemente, com o próprio Obama.