Continua o impasse sobre imigração e segurança doméstica

Divergências sobre o financiamento do Departamento de Segurança Doméstica continuam ocorrendo entre republicanos e democratas, e até entre republicanos na Câmara e no Senado. O órgão é responsável por políticas de imigração e as disputas referem-se a ordens executivas da Casa Branca que impedem a deportação de imigrantes não documentados. Na Câmara, republicanos aprovaram projeto de lei que autoriza fundos de US$ 39,7 bilhões ao Departamento. Em contrapartida, a proposta cancela ordens executivas de 2014, que impediram a deportação de aproximadamente 5 milhões de imigrantes, e de 2012, que mantiveram imigrantes sem documentos que chegaram ao país quando crianças. A medida não consegue apreciação no Senado, já tendo sido três vezes bloqueada pela minoria democrata na Casa. Mesmo com o controle do Senado, os republicanos não conseguem alcançar a maioria qualificada de 60 votos, sendo obrigados a negociar com os democratas. Por sua vez, o partido do presidente diz que só aceita aprovar uma proposta de orçamento limpa, sem modificações nas políticas de imigração. Após os três bloqueios, o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell (R-KY), admitiu a derrota da proposta e pediu para a Câmara aprovar outro plano. Líderes republicanos, no entanto, não aceitam o argumento e insistem que a responsabilidade agora é do Senado. A autorização orçamentária do órgão acaba em 27 de fevereiro e suas funções serão prejudicadas caso não haja renovação. Como várias atividades do Departamento são prioritárias, aproximadamente 200 mil funcionários poderão ser obrigados a trabalhar sem garantia de salários.

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