Secretário de Estado vê risco de apartheid em Israel

O secretário de Estado John Kerry afirmou, no dia 25, que Israel corre o risco de se tornar um país com política de apartheid. A declaração foi feita em uma reunião da Comissão Trilateral, grupo não governamental para discussões de temas globais. Uma gravação da fala foi obtida pelo site The Daily Beast e divulgada no dia 27. Kerry se referia à dificuldade para a criação de dois Estados como solução para o conflito entre Israel e Palestina. Caso prevaleça um único Estado sob o domínio israelense, as políticas de Israel nos territórios ocupados caracterizariam segregação étnica.  O secretário também falou que uma mudança de liderança política em Israel e na Palestina seria positiva para o processo de paz. Diante da repercussão negativa sobre o comentário, Kerry explicou que se expressou mal ao usar o termo. O senador Ted Cruz (R-TX), um possível candidato republicano às eleições para presidente em 2016, chegou a declarar que o secretário deveria renunciar. Autoridades dos EUA não usam publicamente a palavra apartheid em referência às políticas de Israel nos territórios ocupados mesmo quando defendem a solução de dois Estados, como é o caso do próprio presidente Barack Obama. A Casa Branca se apressou em deixar claro que as declarações de Kerry refletem uma opinião pessoal e não a posição do governo. Segundo o Estatuto de Roma, de 1998, apartheid são atos desumanos cometidos no contexto de um regime institucionalizado de opressão e dominação de um grupo racial sobre outro. O termo surgiu com o sistema de segregação racial e opressão na África do Sul entre 1948 e 1994.

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